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Prêmio Periferias Vivas em Brasília

O livro sobre os Tamoio revelou o grande massacre indígena ocorrido em Saquarema

A escritora Eliane Potigurara recebeu no final de novembro o Prêmio Periferias Vivas do Ministério das Cidadese e Ministério da Cultura. O Prêmio foi pelo projeto de resgate da cultura Tupinambá em Saquarema, a cidade que se encontra num território sagrado, onde foram massacrados milhares de Tupinambá no passado.

O projeto Casa de Cultura Tupinambá (Centro Social Tupinambá de Cultura e Saúde Mental) está retomando simbolicamente essas terras ancestrais com diversas ações onde será instalado em Jaconé, Saquarema. Segundo o projeto premiado, serão coordenadores locais: Eliane Potiguara (artes, literatura e práticas holísticas), DJ Val Alonso (danças e eventos), Tajira Kilima (terapias em geral) e Wellington Eber (comidas caiçaras, indígenas, quilombolas e brasileiras).

O famoso Massacre dos Tamoios que degolou 500 guerreiros indígenas na Praia de Jaconé, foi na aldeia no Campo de Maranguá, em Sampaio Corrêa, próximo ao Rio Roncador que desagua na Lagoa de Saquarema. Ali foram massacrados mulheres, indosos e crianças indígenas, que faziam parte da resistência Tamoio. Com o fim da Confederação dos Tamoios, a área ficou desocupada por pelo menos 100 anos.

Sobre o assunto foi publiciado o livro Tamoios, Senhores do Litoral, de Paulo Luiz Oliveira, e foi feito um documentário Conferderação dos Tamoios, a última batalha, de Carlos Pronzaro, com produção executiva da jornalista Dulce Tupy, que através da sua editora Tupy Comunicações também editou o livro. O filme ganhou o 37º Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo, realizado em Porto Alegre (RGS), em 10 de dezembro de 2020, concedido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) do Rio Grande do Sul.

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