Cidade Comunidade Dulce Tupy Opinião

Geisa, samba e milongasno Teatro Mário Lago

Editorial - Dulce Tupy
A nova milonga foi apresentada no Teatro Municipal Mário Lago (Foto: Dulce Tupy)

Natural de Niterói, com passagens pelo América Latina e Europa, Geisa Fernandes cantou sambas, chorinhos, tangos e milongas no Teatro Municipal Mário Lago de Saquarema. O show é resultado de pesquisa sobre a influência dos ritmos da região do Rio da Prata na música popular brasileira. Ao lado do violonista e arranjador Guido Tornaghi, a cantora e compositora troxe um repertório de clássicos. A história destes ritmos de matrizes africanas é contada com canções que marcaram época.

A primeira montagem foi em 2017 na Biblioteca Parque de Niterói. No roteiro o clássico Brejeiro, foi cantado baixinho, junto com Geisa, pela selecionada platéia de fãs da história da MPB e de los hermanos da A.L., Argentina e Uruguai. Outra canção de Ernesto Nazareth, lançada em 1893, ganhou letra da própria Geisa, e foi elogiada pelo maestro Cristóvão Bastos, frequentador assíduo de Saquarema.

PARA CURTIR E RELAXAR

Historiadora pela Unicamp e doutora em Comunicação pela ECA (USP), Geisa atuou como vocalista de bandas em São Paulo e lançou seu primeiro álbum em 2013. Em 2018, lançou dois EPs: “La Nueva Milonga” (jazz latino) no Teatro Café Pequeno, no Rio, e “So Now”, jazz vocal lançado nos EUA. Em 2019, viajou por cidades da América Latina e Europa com sua Latin Jazz Brasil Tour.

Premiada em festivais da Rádio Nacional e do selo Niterói Discos, durante o primeiro ano da pandemia entrevistou músicos em quarentena de vários países, para o podcast Quaranjazz: listen while you are home. Produziu também os podcasts: “10 Minutos de Jazz com Geisa Fernandes” e “La Nueva Milonga: Tango e Música Brasileira”. Acompanhada pelo violão potente de Guido Tornaghi, fez no palco uma apresentação sensível, emoldurada pelo músico notável, com correta iluminação e elementos cênicos adequados.

Bacharelando em violão, na Unirio, Guido foi aluno da Escola Portátil de Música, onde teve aula com Maurício Carrilho, entre outros. Estudou violão também com Yuri Reis e Luis Carlos Barbieri. Frequentador assíduo de rodas de choro, nas quais acompanhou músicos como Leonardo Miranda, Luciana Rabello, Deo Rian e outros, frequenta o circuito musical da Casa do Choro, Armazém do Campo, Sobrado da Cidade, Rádio Roquette Pinto, Centro da Música Carioca Artur da Távola e Imperator – Centro Cultural João Nogueira, no Méier. Guido é ainda membro do conjunto Regional Subindo a Serra e do conjunto Boêmia Terra, e atua como violonista do grupo vocal Abstrasom.

Similar Posts