O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro lamenta profundamente a morte da jornalista Glória Maria, um ícone do jornalismo brasileiro.
Gloria Maria foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2019, que foi tratado com sucesso. Estava afastada da programação da Globo desde dezembro para tratamento. Em janeiro, ela foi internada no Rio de Janeiro para fazer um tratamento de metástases no cérebro, mas infelizmente não resistiu.
Destemida, Gloria Maria foi uma referência para o jornalismo brasileiro e abriu caminho para milhares de jornalistas mulheres e principalmente para as jornalistas negras nesse país. Deixa um grande legado para a imprensa brasileira e sua marca para o povo brasileiro.
Carreira
(Reprodução de O Globo)
Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou.
Glória também chegou a conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista da Embratel.
Em 1970, foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio.
Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.Trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio.
No Jornal Nacional, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo. Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.
Integrou a equipe do Fantástico, do qual foi apresentadora de 1998 a 2007 e seu último trabalho foi à frente do Globo Repórter.
Mário Sousa (Presidente) e Diretoria do Sindicato do Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro