Eis as mensagens mais veiculadas nos dias que precederam a chegada do ANO NOVO e nos primeiros dias de 2024. Por que? Porque as pessoas vivem em busca da FELICIDADE! E vivermos felizes no Ano Novo é quase tudo o que desejamos!…
Mas em que consiste a felicidade? Como obtê-la? É possível mantê-la? O assunto é tão importante, que em 1998, a partir dos estudos do psicólogo Martin Seligman, professor da Universidade da Pensilvânia (EUA) e então presidente da Associação Americana de Psicologia (APA), foi criada dentro da psicologia uma área de conhecimentos dedicada ao estudo e à produção de conhecimentos sobre a felicidade: a Psicologia Positiva (segundo a jornalista Angélica Banhara, na coluna BEM–ESTAR, no jornal “O Globo”, de 12.12.2023). Assim, temos que no século passado, a psicologia havia se encarregado de estudar os problemas e patologias do ser humano. Já neste século, “a ciência, por meio da Psicologia Positiva, passou a estudar os melhores aspectos das pessoas, os motivos que fazem a vida valer a pena” (Angélica Banhara).
E continua a citada jornalista: “na última década a procura por cursos sobre a felicidade disparou: há anos o curso de “Ciência da Felicidade” do israelense Tal Ben-Shahar está entre os mais concorridos de Harvard. No Brasil a Psicologia Positiva é curso de pós-graduação da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Paraná, do Rio Grande do Sul e de outras várias faculdades.”
Em novembro passado, a 6ª Edição do Congresso Internacional de Felicidade reuniu cerca de 2.500 pessoas durante um final de semana em Curitiba, para debater a felicidade e o bem-estar sob as esferas da ciência, filosofia, arte e espiritualidade. – Além do histórico da própria Psicologia Positiva, acredito que o que vem motivando os estudos sobre felicidade é o crescente adoecimento das pessoas – afirma Gustavo Arns, professor de Psicologia Positiva na PUC-RS e idealizador do congresso. E continua ele:
– Os níveis de depressão, ansiedade, burnout, síndrome do pânico e suicídio vêm crescendo de maneira alarmante. Construímos um estilo de vida que nos leva ao adoecimento. Eventos como o Congresso de Felicidade são oportunidade para que as pessoas possam aprender mais, refletir sobre suas escolhas e encontrar caminhos para construir mais bem-estar e felicidade no dia a dia.
E quando Gustavo Arns defende que a felicidade é uma “construção” que depende das nossas escolhas, ele se baseia nas pesquisas da professora de psicologia Sonja Lyubomirsky, da Universidade da California sobre as principais fontes da felicidade. A conclusão é que cerca de 50% dela é determinada geneticamente, 10% é circunstancial, ou seja, depende de condições externas, e 40% depende das nossas escolhas.
Para Tal Ben-Shahar, a felicidade é a combinação do bem-estar físico, emocional, intelectual, relacional e espiritual. Significa que podemos trabalhar essas cinco dimensões de comportamento para uma vida mais feliz. FÍSICO: cuidar da saúde e da conexão corpo/mente (alimentação equilibrada, atividade física, qualidade do sono e manejo do estresse). EMOCIONAL: lidar melhor com as emoções, ser mais positivo e resiliente. INTELECTUAL: tem a ver com o que lemos, ouvimos, como gastamos o tempo e onde colocamos nossa atenção. RELACIONAL: ter um relacionamento positivo consigo mesmo e com os outros. ESPIRITUAL: não é necessariamente relacionado a religião, mas à busca de uma vida com sentido, com propósito.
Parabéns, ANGÉLICA BANHARA pela abordagem do importante tema. E FELIZ 2024 para todos nós!…
O Jornal de Saquarema