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Visita Técnica a Sampaio Correia fez três verificações in loco

O despacho em cima de uma pedra, no córrego Roncador, revela o uso das religiões de matriz africana, na ocupação do espaço e deve ser levado em consideração numa mesa redonda sobre os usos múltiplos do recurso hídrico que deve ser de todos, desde que usado com respeito à natureza e fiscalizado pela Prefeitura. No Rio e em outros municípios, por exemplo, foram criados “macumbódromos”, com ótimos resultados (Foto: Dulce Tupy)

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj (CDMA) realizou três ações de vistoria em Sampaio Cooreia, Terceiro Distrito de Saquarema, Região das Baixadas Litorâneas. O primeiro local a ser vistoriado foi o córrego Roncador, um riacho contribuinte do Rio Roncador, na Serra do Matogrosso, onde os adeptos das religiões afro-brasileiras costumes colocar seus despachos há muitos anos. O território é de uso particular e a vizinhança não deseja que essa prática continue ocorrendo naquele local, tendo inclusive gerado uma ação judicial em andamento.

Para averiguar denúncias de vazamento de agrotóxicos na lagoa, os participantes da visita técnica se deslocaram para a empresa de grama King Grass, na estrada que liga o centro de Sampaio Correia a Jaconé. Lá, segundo a documentação apresentada pelo administrador da empresa, estava tudo correto. E, finalmente foi feita a visita técnica ao Aterro Controlado do Município, uma propriedade privada, próxima à Rodovia Amaral Peixoto, em Bacaxá. As ações foram acompanhadas por representantes do Inea, Comando de Polícia Ambiental, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e membros do Comitê de Bacia Lagos São João.

CÓRREGO RONCADOR

Portanto, somente na Serra do Mato Grosso foram verificados pontos críticos, onde moradores denunciam problemas ligados ao uso inadequado do córrego Roncador, desrespeitando as normas ambientais vigentes. No local, os visitantes verificaram a presença de lixo, restos de comida e objetos em geral deixados junto às margens do córrego, causando danos ao ambiente. A CDMA, por meio de seu presidente, o deputado estadual Gustavo Schmidt, irá propor à Prefeitura, responsável pela fiscalização ambiental da área, que dialogue com a sociedade organizada no sentido de se criar normas e ações conjuntas que permitam que a região possa cumprir seu papel social, sem que haja qualquer ameaça à fauna e à flora, bem como às águas do córrego Roncador.

No Aterro Controlado de Saquarema, operado pelo consórcio Limp-Lagos, terceirizado da Prefeitura, as denúncias de desmatamento e vazamento de chorume não foram confirmadas. Mesmo assim, a CDMA vai requerer dos responsáveis que enviem a documentação relativa ao licenciamento e ao processo de remediação da área, que, até antes da chegada da empresa, em 2017, era utilizada como um vazadouro de lixo sem qualquer controle ambiental.
Outro local visitado pela CDMA em Saquarema foi a sede da empresa King Grass, produtora de grama no Município. No local, a equipe verificou a documentação e tomou ciência do andamento do processo de licenciamento do empreendimento. Não foram percebidas irregularidades em relação às práticas ambientais da empresa. Mas também não foi possível chegar até a margem da Lagoa de Saquarema, local que, segundo alguns pescadores locais, há poluição que afeta os peixes.

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