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O sonho possível de “Nicolinha”

Cultura é Notícia - Beatriz Dutra

Nicole Oliveira, a “Nicolinha”… menina alagoana com oito anos de idade, ”pode ser a pessoa mais jovem do mundo a descobrir corpos rochosos no espaço”, conta-nos Pâmela Dias, em “O Globo”, de 01.10.2021. “Nicolinha”, nessa tenra idade, é astrônoma amadora, já tendo mapeado 23 asteroides e sonha ser engenheira espacial para construir foguetes.
E tudo parece ser mesmo uma questão de vocação, pois desde os cinco anos “Nicolinha” desistiu das festas de aniversário, para investir em um telescópio. Com ajuda de “vaquinhas”, seus pais conseguiram comprá-lo quando ela completou sete anos. Mas a partir dos dois anos, sua mãe “já comprava brinquedos em forma de astros para presenteá-la. As brincadeiras com bonecas eram frequentes, desde que todas fossem cientistas apaixonadas por viagens intergalácticas, como Nicole”, conta-nos Pâmela Dias.

“Nicolinha” fez suas primeiras descobertas espaciais em 2020, quando foi aprovada no projeto “Caça asteroides”, do International Astronomical Search Collaboration (IASC), programa da NASA que ensina ciência na prática, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. “A paixão da menina pela astronomia mobilizou a instituição, que alterou suas políticas de faixa etária para incluí-la. Assim, “Nicolinha” se tornou a pessoa mais jovem a integrar a equipe e abriu espaço para mais crianças fazerem o mesmo” – continua Pâmela Dias.

Por não estar com os amigos no IASC durante a pandemia, “Nicole criou o seu próprio Clube de Astronomia Infantil on line”, iniciativa que já “conta com 72 crianças de diferentes regiões do Brasil, que aprendem com ela e especialistas da NASA curiosidades do Universo.”

“Outros projetos da futura engenheira aeroespacial são os canais no YouTube e Instagram, também usados para difundir a ciência. Juntas, as redes somam mais de 23 mil seguidores.”

– Com que sonha “Nicolinha” para o futuro? Deseja que alguns dos asteroides por ela mapeados, “sejam confirmados como inéditos, a fim de que possa nomeá-los em homenagem a seus parentes e duas astrônomas brasileiras que a inspiraram: Duília de Mello e Rosaly Lopes. O processo de reconhecimento dos asteroides será feito pela NASA e pode levar de três a dez anos”, conclui Pâmela Dias.

“Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada.” (Mario Quintana)

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