Beachrocks na praia de Jaconé, Maricá, fotografada pelo jornalista Edimilson Soares.
Geoparque é um parque geológico que pode abranger vários municípios, como é o caso do Projeto Geoparques, coordenado pela geóloga Kátia Mansur. O projeto que inclui Saquarema foi apresentado em duas reuniões na Fazenda Campos Novos, sede da secretaria de agricultura de Cabo Frio, com representantes de vários municípios da região situada entre Maricá e Campos. Foi o passo inicial para a criação de um futuro geoparque, onde sítios do patrimônio geológico e paleontológico de especial importância científica serão protegidos de forma sustentável, gerando atividades de geração de renda, principalmente turísticas. Vinculado ao Ministério de Minas e Energia, através do Serviço Geológico, o Projeto Geoparques terá um plano de desenvolvimento regional integrado à realidade local.
Situado num território geológico que há milhões de anos fez parte da África, antes do surgimento do Oceano Atlântico, quando os continentes eram unidos, o município de Saquarema também fará parte do geoparque com vários monumentos naturais, entre eles a Serra do Palmital, as pedras de Itaúna, os estrematólitos (formações rochosas) da Lagoa Vermelha e os sambaquis, entre outros sítios geológicos. Em Jaconé, mas já na área que pertence a Maricá, exemplos de remotas eras geológicas podem ser encontradas na praia; são as chamadas beachrocks, ou arenitos de praia, que vêm sendo estudadas há anos pelos especialistas.
“Este projeto é muito importante para a região e para Saquarema”, diz o secretário de meio ambiente Gilmar Magalhães. Outro entusiasta do geoparque é o biólogo Mário Flávio Moreira, secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Lagos São João, entidade delegatária do Comitê de Bacia Lagos São João, que também integra a área do geoparque. Mário considera a criação do geoparque uma atitude positiva para a região. Com placas educativas que irão indicar os pontos relevantes da geologia local e regional e, provavelmente, com a chancela da Unesco, o geoparque poderá ser mais uma opção do turismo cultural, ecológico e científico nos municípios que hoje carecem de uma proposta para o desenvolvimento sustentável.
Matéria publicada na edição de abril de 2011 do jornal O Saquá (edição 132)
Parabéns ao projeto, como vejo em Vilatur uma reserva com vegetação, árvores animais e passáros que nunca vi antes na natureza sempre achei que deveria ter uma proteção e fiscalização. Acompanhei Cabo Frio crescendo na minha infância, depois de longos anos fui lá e fiquei apavorado com a destruição da natureza pela expansão imobiliária…Vilatur merece uma atenção especial deste projeto e dá mídia, assim poderemos conseguir a atenção da Prefeitura e dos políticos.
Unfortunately the praias of Jaconé today are a disgrace. If they are to be part of a “geoparque” they need a total facelift which includes the collection of tons of lixo/garbage which for years have disgraced these beautiful beaches.