Finalmente, após uma luta de sete anos, desde as primeiras notícias de construção do gasoduto Rota 3, que a Colônia de Pescadores Z 24, de Saquarema, vem negociando em alto nível com a Petrobras, para conseguir uma medida de compensação pelos prejuízos dos pescadores locais que praticam a pesca em alto mar. Afinal, a construção do gasoduto implica em mudanças na pesca e, embora esteja situado em Maaricá, o município de Saquarema sofre também com as ionterferências advindas com a construção de um gasoduto que levará o gás produzido na área dos poços do pré-sal até Itaboraí, onde se situa o antigo Comperj, hoje conhecido como Gáslub.
Essa parceria entre os pescadores locais e a Petrobrás já vinha ocorrendo há anos e culminou com uma obra realizada no final do ano passado, que restaurou o teto da Colônia arruinado com o tempo, sendo a chuva o pior evento climático para o prédio localizado no Areal, em frente à Lagoa de Saquarema. Mas os motores também eram um ponto de honra, para essa categoria profissional que existe desde os primórdios da colonização no Brasil. A pesca é a atividade profissional mais antiga em Saquarema e carece até hoje de uma melhor condição para sobreviver ás intempéries do tempo, como as mudanças climáticas.
MEDIDA COMPENSATÓRIA
A doação de 38 motores de barcos para os pescadores de Saquarema, centralizados pela Colônia de Pescadores Z 24, foi uma demonstração da maturidade dos dirigentes dessa instituição histórica da cidade. Tanto Matheus, presidente, como Carine, a secretária, vivem profundamente o dia a dia da Colônia que já se tornou uma referência na Região. Mas falta apoio técnico, como a retomada das obras da Barra Franca que não aconteceu até hoje e permanece assoreando a lagoa de Saquarema, vivendo atualmente uma crise insustentável.
