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Bem-estar em foco

Cultura é Notícia - Beatriz Dutra

“Esse momento fugaz merece o nome de vida”, escreveu Thiago de Mello. E “o presente é o instante em que a roda do automóvel em alta velocidade toca minimamente o chão”, escreveu Clarice Lispector.

Portanto, amigos, tudo passa muito rapidamente e é preciso estarmos atentos e realizarmos o que é necessário para vivermos melhor!…

Não sei se sabem mas começando timidamente após os 30 anos e com maior incidência após os 50, passamos a perder entre 1 a 2% de massa muscular por ano – o que acontece de forma espontânea, com desgaste de ossos e músculos e mudanças metabólicas. O nome desse processo é “SARCOPENIA” e se nada for feito para tentar reduzir a velocidade com que isso acontece, pode-se chegar a perder metade da massa muscular aos 70 anos. E isso coincide com a fase em que os idosos estão mais propensos a sofrer quedas, pela perda do reflexo rápido, equilíbrio e agilidade muscular. E com os ossos e músculos mais fracos, isso acaba provocando fraturas, e, por consequência, a tão temida falta de autonomia – segundo MARCIO ATALLA, formado em Educação Física, com especialização em treinamento de atletas de alto nível e pós-graduação em Nutrição pela USP – em sua crônica publicada em “O Globo”, de 8.12.2021: “Vovós e vovôs e a perda muscular”.

Por isso é importante – continua Marcio Atalla – que após uma certa idade, os adultos consigam manter entre duas e três sessões por semana de exercícios de força. Não precisa ser em uma academia, podem ser exercícios feitos em casa mas o ideal é que um professor possa auxiliar com seu programa de exercícios e que eles sejam executados de forma correta.

Mas atenção: alguns estudos já demostraram o poder que o exercício de força resistida tem em reverter a perda de massa magra. Inclusive o publicado pelo periódico JAMA. Nele ficou comprovado que “em oito semanas de resistência de alta intensidade, idosos com mais de 90 anos melhoraram significativamente a capacidade física: com ganho de força de 174%, crescimento da musculatura da coxa em 9% e aumento de 48% na velocidade ao caminhar.”

O principal é não achar que já está tarde, “já estou muito velho para começar”, “não adianta mais”. Isso não é verdade, assegura Marcio Atalla. E conclui: a qualquer hora que você decida começar, a dupla formada pelo exercício de força resistida, feito regularmente, e uma alimentação com uma quantidade desejável de proteína, é impossível não garantir a qualidade de vida dos anos que temos para frente.

Portanto, amigos, muitas vezes pode estar em nossas mãos a decisão de vivermos melhor! E lembrem-se: “Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer” (Molière). E… “De todas as derrotas, a mais desastrosa é o desânimo.” (Teresa de Calcutá).

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