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Fisioterapia Pélvica chega a Saquarema com a fisioterapeuta Dra. Adriana Bonelli

Dra. Adriana com o material didático/explicativo para suas pacientes (Foto: Dulce Tupy)

Desde que veio morar em Saquarema, há 24 anos e formada há 26 a fisioterapeuta Adriana Bonelli nunca deixou de se atualizar na profissão que escolheu. Ao contrário, fez cursos de aperfeiçoamento e extensão universitária para entender, acompanhar e praticar as novas tendências do mercado. Foi o que ocorreu de 2019 á 2021 quando fez a Pós Graduação em fisioterapia pélvica aplicada á Uro ginecologia além de diversos cursos nesta área, e pratica no dia a dia do seu consultório na Clínica Evoluir, dentro da Saf Lagos, em Bacaxá, atendendo particular, Unimed e outros convênios.

Atuando nos músculos do assoalho pélvico mais conhecido pelas pessoas como como Períneo, a Dra. Adriana atende principalmente casos de perda urinária, mas também de constipação e dores no ato sexual.

“A perda de xixi quando a pessoa ri, tosse, espirra, ou pega um peso é muito comum e a maioria das pessoas acham que isso é normal, mas precisam saber que perder xixi nestas condições, mesmo que só gotinhas não é normal e tem tratamento, assim como ter dor na relação sexual, também não é normal, e a fisioterapia feita por profissional habilitado nesta especialidade pode acabar com esses sintomas”, explica a Dra. Adriana.

O tratamento deste grupo muscular, tão pouco conhecido e até mesmo esquecido se inicia pela consciência, e treino da coordenação, seguindo para o fortalecimento e alongamento, podendo assim melhorar a sua performance e promover o bem estar nos e nas pacientes. Lembrando sempre que sentir dor na relação sexual e perder Xixi não é normal!!!

Não podemos deixar de falar também da Bexiga Hiperativa, que é uma vontade súbita e intensa de fazer xixi, que pode ou não estar acompanhada da perda antes de chegar ao banheiro, a fisioterapia tem um papel fundamental no treino da função desta bexiga com a terapia comportamental e exercícios.

MULHERES E HOMENS

“Hoje se fala em estimular o parto natural!! Para isso preparar essas mulheres do ponto de vista funcional, não seria o ideal? A fisioterapia prepara o corpo da mulher para uma via de parto vaginal oferecendo por exemplo relaxamento da musculatura e prevenindo laceraçãoes. Abriu-se um universo na saúde da mulher e do homem também. Por exemplo, após o câncer de próstata, com a retirada da próstada pode ocorrer a incontinência urinária, ou até mesmo impotência, a fisioterapia pélvida também vai ajudar, otimizando o tempo de recuperação deste pós operatório.
A fisioterapia com biofeedback, que significa uma forma de retorno ao paciente da consciência do seu movimento de contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico, que pode ser feito com estímulos sonoros, visuais e sensitivos, seja por aparelho ou manual é de grande valia no tratamento.

“É todo um processo de conscientização que começa as vezes em uma conversa informal com uma amiga ou um profissional , e aí as pacientes entendem a necessidade do tratamento e procuram a avaliação do fisioterapeuta, se sentindo confiáveis para iniciar com as técnicas de exercício e com o toque também. Mais ainda se faz necessário uma maior divulgação dos benefícios deste tratamento.“

PROCESSO CULTURAL

A maior parte das pacientes com os quadros descritos já passaram pelos ginecologistas e ou urologistas , até porque a mulher não é culturalmente ensinada a se olhar, a se tocar e assim não conhece o seu assoalho pélvico, quando este apresenta um problema funcional, um problema muscular. A contratura dos músculos pélvicos podem até provocar nódulos musculares que interferem na relação sexual. Neste sentido, é preciso melhorar o ato de urinar ou evacuar, que faz parte do relaxamento, melhorando a qualidade desse relaxar o músculo.

“No caso da constipação , além de melhorar a alimentação e ingesta de líquidos, temos que ver o que ocorre a nível muscular no ato evacuatório e também de sensibilidade na ampola retal, uso o biofeedback com exercícios. Muitas vezes, nós evacuamos errado! Na postura errada, sem o relaxamento adequado”, explica Adriana.

“Como exemplo, algumas vezes as mulheres para não sentar nos banheiros públicos, fazem o xixi rápido em uma postura errada, o que se acontecer com frequência pode promover contratura dos músculos do assoalho pélvico. O homem também; urinar em pé fisiologicamente não é a postura adequada. Mas é um processo cultural, educacional, que só vai mudar com o tempo”, exemplifica a Dra. Adriana.

O que fica de mensagem aqui, é que hoje através da fisioterapia pélvica, as pacientes têm a possibilidade de conhecer e entender a função deste grupo muscular tão importante no nosso corpo, e depois de aprender a executar sua função de firma saudável, pode fazer exercícios no seu dia dia, melhorando a qualidade de vida.

A fisioterapia pélvica vai atuar, além dos quadros descritos acima em casos também de incontinência fecal, flatos vaginais e anais (pum), ajuda nas dores sexuais, vaginismo vulvodínia, dores pélvica em geral, endometriose, pós cirúrgico, prolapsos , estenose vaginal pós radioterapia, além de melhorar a lubrificação vaginal, e orgasmo. Recuperação pós parto entre outras.

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