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Centenário de Darcy Ribeiro é celebrado com seminário e exposição em Niterói

Editorial - Dulce Tupy
Darcy Ribeiro em três tempos: jovem, adulto e na maturidade

O centenário de Darcy Ribeiro foi celebrado em Brasília, na UNB (Universidade de Brasília) e em Niterói-RJ, no Solar do Jambeiro, onde se realizou um seminário e a inauguração de uma exposição que fica em cartaz até o dia 8 de janeiro. Organizados pela prefeitura administrada pelo PDT, sob a batuta do prefeito Axel Grael, os eventos em Niterói são gratuitos. Já em Brasília, o evento foi um encontro com familiares e amigos de Darcy que fundou a histórica universidade, antes do Golpe Militar e Civil de 1964, que o exilou por vários anos no Uruguai e Europa.
Com as presenças do prefeito Axel Grael, do ex-prefeito Rodrigo Neves e do presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN), Fernando Brandão, o seminário contou com palestras sobre a marcante trajetória do mineiro como educador, antropólogo e político. Entre os debatedores, o secretário-geral do partido e presidente nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), Manoel Dias, o jornalista Eric Nepomuceno e os professores Ademir Ramos e Lincoln de Araújo Santos. O centro cultural promoveu ainda a abertura da exposição “Darcy Ribeiro – Um Século”, que reuniu dezenas de fotos, vídeos e textos selecionados com apoio do Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT (MAPI) e do Centro de Memória Trabalhista (CMT).

LEGADO EXTRAORDINÁRIO

Além dos painéis com a obra de Darcy Ribeiro, foram publicados também na exposição, vários depoimentos de pessoas notáveis da cultura brasileira, entre elas antigos companheiros, intelectuais e jornalistas, convidados pela presidente do MAPI Zezé Latgé. O acervo ficará disponível para visitação até o dia 8 de janeiro de 2023. O Solar do Jambeiro fica na Rua Presidente Domiciano, 195, no bairro Ingá. Para acompanhar a programação pela internet, acesse os canais oficiais do Solar do Jambeiro e do PDT-RJ.

O legado do antropólogo e ex-senador do PDT ganhou evidência também em Brasília, onde se realizou um encontro entre amigos e parentes do famoso pensador e intelectual brasileiro. No memorial batizado com seu nome e conhecido como “Beijódromo”, o centenário de nascimento e o legado deixado pelo fundador da Universidade de Brasília (UnB), o antropólogo, educador, pesquisador, político e escritor Darcy Ribeiro foi lembrado por familiares e amigos em suas diversas facetas.

COMPANHEIROS E PARENTES

A atividade promovida pelo Decanato de Extensão e Fundação Darcy Ribeiro (FUNDAR) trouxe o sobrinho de Darcy, Ucho Ribeiro, como mestre de cerimônia do evento.

Retomando suas memórias, Ucho relembrou as vezes que Darcy ia para sua cidade natal Montes Claros, em Mlinas Gerais, com saudades dos doces de sua infância, incluindo o doce de buriti, uma palmeira local.

Já o sobrinho-neto André Ribeiro lembrou a visita que fez à Ilha das Cobras, onde Darcy se encontrava preso. Acompanhando seu pai, o Paulo Ribeiro, irmão de Darcy, André lembra que o local da prisão que hoje é um parque ecológico´, tinha água do mar batendo nas paredes. “Chegando lá, vi que a maré batia na prisão, virei para papai e falei: ‘acho que tio Darcy deve ter roubado muito para ter ficado aqui, viu’”, brincou, arrancando risadas do público e dos familiares ali presentes. O jornalista Leonel Kaz e a antropóloga do Arquivo Nacional Maria Elizabeth Brêa lembraram da vida profissional de Darcy Ribeiro, com grande saudade.

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