Cidade Comunidade Cultura Dulce Tupy Homenagem Nas Bancas Opinião Social

Volta logo, Roseana, para o sol,o mar e a brisa de Saquarema

Editorial - Dulce Tupy
Juan Arias e Roseana Murray (Foto: Arquivo do jornal O SAQUÁ)

Conheci a poeta Roseana Murray num pequeno Centro Cultural que existiu no Gravatá, perto da Capela de São Sebastião, onde ela e alguns amigos criaram o espaço para se manifestarem em Saquarema. Na saída, Roseana me procurou rapidamente para perguntar se seria necessário algum pagamento! Fiquei surpresa! Em Saquarema, raramente alguém se interessava pela cultura e ela me parecia realmente empenhada em patrocinar aquela manifestação cultural que valia a pena, como por exemplo o teatro do ator e artista plástico Jorge Vale.

Repondi que não custava nada! Fazer matérias para o meu jornal era um oflício coerente comigo mesma, uma agente cultural desde sempre, filha de mãe artista plástica e escritora, avó pianista e compositora, avô militar, desenhista e bandolinista, tio avô arquiteto e artista plástico, professor da Escola Nacional de Arte, fundada por Dom João VI, onde estudei e minha mãe também, além de uma prima, e uma tia avó artista plástica que acabou casando com ele, o professor catalão: Bas Domeneque… Assim, fui me aproximando de Roseana espontâneamente, conhecendo seu marido, o jornalista e escritor espanhol, Juan Arias, e fomos nos chegando em alguns almoços ou lanches promovidos pelo casal em sua bela casa na praia de Saquarema, pequeno oásis no deserto cultural saquaremennse.

CELEBRIDADE

Eximia poeta, Roseana promoveu também lançamentos de livros em sua casa, onde levei a amiga Luiza, irmã do embaixador Celso Amorim, para conhecer esse fantástico casal que como nós havia escolhido Saquarema para viver. Aprentei também ao casal o procurador, poeta e ex-vereador Antonio Francisco Alves Neto , o Chico Peres, cujo livro “Alberto de Oliveira, poeta de Saquarema”, em co-autoria com a professora Lina Barcellos, foi editado pela Tupy Comunicações em parceria com a Prefeitura Municipal de Saquarema.

Mais tarde, levei o poeta Latuf Isaías Mucci na famosa casa amarela na Praia de Saquarema. Foi uma sintonia imediata entre o casal e Latuf, professor da UFF (Universidade Federal Fluminense), cujo livro estava em vias de edição, também pela Tupy. Os lanches saborosos, onde sempre se destacavam os pães feitos divinamente pela Roseana e o vinho escolhido por Juan, selavam nossas relações. A esse pequeno grupo outras pessoas se uniram, criando uma atmosfera de muitos sentimentos e emoção.

Assim Roseana tornou-se uma celebridade em Saquarema e uma referência em todos os locais onde era convidada, principalmente Feiras de Livros, onde foi consagrada várias vezes. A última vez que vi Roseana foi num evento no auditório da FAETEC local, totalmente lotado. Agora, pela mídia, vi o terrível ataque que a mutilou no braço, orelha, lábios. Essa mulher tão exuberante na sua arte de combinar palavras, com mais de 100 livros publicados, agora vive com uma dor imensa! Vi o depoimento de seu filho e a atitude rápida e enérgica do delegado que prendeu os responsáveis pelos cães pitbull que a atacaram. Pensei em visitá-la quando sair do hospital, em São Gonçalo. Tentei falar com Juan que deve estar sofrendo intensamente. Roseana, volta logo para nós, leitores, fãs, amigos e parentes! Estamos rezando e torcendo por você, companheira! Volta… para aliviar a dor que toda Saquarema sente.

Similar Posts