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Dia do Meio Ambiente, uma data para refletir sobre a nossa casa comum

Editorial - Dulce Tupy

O Dia do Meio Ambiente foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas), durante a célebre “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano”, realizada em Estocolmo, na Suécia, entre 5 e 16 de junho em 1972. A data – 5 de junho – tornou-se um chamamento para os países desenvolverem atividades que chamassem a atenção dos povos para os problemas ambientais e a necessidade de proteção da natureza.

A Conferência de Estocolmo, como ficou conhecida, mudou o modo de ver e tratar as questões ambientais em todo o mundo, como o descarte inadequado de lixo, a falta de coleta seletiva e de reciclagem, a exploração exagerada dos recursos naturais, o desmatamento das florestas, o uso abusivo de combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo), o desperdício de água e o esgotamento do solo, a agricultura tóxica, a poluição dos mares, o crescimento desordenado das cidades, entre outros.

SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Então, vários países, atendendo ao pedido da ONU naquela e em outras Conferências Mundiais – como a Rio-92 e a Rio + 20 – criaram a Semana do Meio Ambiente, como uma forma de conscientização ainda maior sobre os riscos ambientais que destroem o nosso Planeta, a nossa casa comum: a Terra. No Brasil, a Semana do Meio Ambiente foi criada em 1981, para chamar a atenção dos governos locais e da população em geral, sobre a necessidade de implantar medidas para prevenir a degradação do meio ambiente, em todas as esferas no país, nos estados e municípios.

Mas nesses tempos sombrios em que estamos vivendo, no olho do furacão dessa pandemia de Covid 19, com um governo federal que não cuida como deveria do meio ambiente, com um ministro do meio ambiente hoje acusado de corrupção e devastação da Floresta Amazônica, a Semana do Meio Ambiente passou praticamente em branco, quase desapercebida. Sem nenhuma campanha publicitária nas rádios e na TV, o Dia do Meio Ambiente ficou reduzido a reportagens ou artigos em alguns jornais e nas redes sociais, principalmente as que são vinculadas às ONGs ambientais.

A data tão significativa para todos nós bem poderia ter sido melhor comemorada, com mais eventos virtuais, não presenciais para não provocar aglomeração, sobre a importância de preservar os diferentes ecossistemas, o consumo sustentável, como fazer reciclagem doméstica, coleta de lixo nos parques, plantio de mudas de árvores, limpeza de praças, hortas e jardins, entre outras iniciativas. Mas não foi o que se viu e, todo o país, no Rio de Janeiro, inclusive aqui, em Saquarema, onde o Dia do Meio Ambiente passou batido!

REIMAGINAR, RECRIAR E RESTAURAR

Pelo que se viu nas redes sociais locais, somente dois eventos de preservação ambiental se realizaram aqui: uma limpeza de praia, na Apa da Massambaba, promovida pela associação Mar sem lixo, e uma plantação de mudas na margem da Lagoa de Jacarepiá, em Vilatur, promovida pela Associação de Moradores local. É pouco, muito pouco, para um município com cerca de 90 mil habitantes e até hoje sem um adequado Aterro Sanitário para colocar devidamente seu lixo, sem um programa de reciclagem, com uma precária educação ambiental em sua rede de ensino, e outras carências ambientais…

O ano 2021 foi proclamado pela ONU como o início da “Década da Restauração dos Ecossistemas”. Com os lemas “Reimaginar, Recriar e Restaurar”, o apelo da ONU, diante dos problemas cada vez mais graves do planeta, apontam para um futuro mais equilibrado e mais justo, integrando cidades e natureza para curar o meio ambiente, para nós e as futuras gerações. Seremos, então, a “Geração da Restauração”.

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