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A tradicional festa de Corpus Christi em Saquarema

Corpus Christi
Corpus Christi
Por: Michele Maria

A celebração de Corpus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Idade Média. É uma festa católica que acontece 40 dias depois da Páscoa. O Corpus Christi é comemorado no Brasil desde a chegada dos portugueses, que também trouxeram a tradição de fazer os tapetes com folhas e flores. Essa tradição praticamente desapareceu em Portugal, onde teve origem, mas foi mantida nos Açores e nos lugares onde chegaram seus imigrantes. Por todo o Brasil há a tradição dos tapetes confeccionados com os mais diversos materiais.

Em Saquarema, devido às salinas na região e a facilidade de utilização de seu produto, os tapetes são feitos com sal e tinta, formando uma bela e colorida passarela, por onde passa a procissão de Corpus Christi. Os tapetes são confeccionados por escolas, entidades religiosas, empresas, ONGs, movimentos sociais e famílias tradicionais. Este ano, nem a chuva, que insistia em cair, espantou o entusiasmo de quem participava do trabalho. De luvas nas mãos, os animados artistas transmitiam ao público a Cidadania Ambiental, meta do milênio, devido ao tema estipulado pela Igreja Católica, que fez alusão à Campanha da Fraternidade de 2011.

Mais uma vez Saquarema mostrou sua preocupação com o meio ambiente, depois de ter usado o mesmo tema no Desfile Cívico Escolar de 8 de maio. E por falar em meio ambiente, para onde vai o sal utilizado na confecção dos tapetes? Na madrugada, quando a cidade dormia, trabalhadores e máquinas realizavam a tarefa da retirada do sal utilizado na confecção dos tapetes. Levado num caminhão, tudo foi armazenado no depósito da Secretaria Municipal de Transporte e Serviços Públicos e ficou à disposição da população que pode solicitá-lo para atuar na eliminação dos “caramujos africanos” ou utilizá-lo na decoração de ambientes, já que as tintas usadas na confecção dos tapetes não são prejudiciais ao meio ambiente.

Leia também: Festas religiosas encantam os fiéis

O Saquá 135 – Julho/2011

Matéria publicada na edição de julho de 2011 do jornal O Saquá (edição 135)

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