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Histórias de SaquaremaFragmentos da Nossa Memória

A fabulosa Casa da Pedra original

Caio Andrade Silva foi um daqueles adolescentes que antes de se tornar adulto gostava de visitar os pontos históricos do município, procurando assunto com seus avós sobre os prédios e os personagens históricos da cidade. Foi assim que descobriu fatos históricos que se agregavam às histórias contadas pela família, que transmtia tradições, costumes e relatos locais despertando um amor cada vez maior por Saquarema.

Caio Silva se formou em história e partiu para a prática publicando seu primeiro livro

A partir de 2015, Caio, ainda muito jovem, já não estava mais sozinho e sim ligado a uma rede de internautas que frequentavam sua página nas redes sociais, chamada “Saquarema Antiga”, e mais tarde rebatizada como “Histórias de Saquarema”. Esse é o título que ele destinou a seu livro recém lançado na Galeria da Câmara Municipal de Saquarema, onde recebeu seus convidados com um delicioso coquetel. Abrindo o local do evento, uma pequena exposição de desenhos causou muita curiosidade. São ilustrações delicadas assinada por Renata Red, que também assina a própria capa do livro: “Histórias de Saquarema, Fragmentos da Nossa Memória”, publicado pela Uli.Editora.

O primeiro livro do Caio que se iniciou publicando páginas da história de Saquarema na internet

A obra “detalhada e memorialística”, como diz o mestre e doutor Jorge Adrilan no Prefácio do livro, “entende que a história de Saquarema não é somente relevante para uma manutenção de registros dos patrimônios materiais e imateriais da cidade, mas vai muito além, como a preservação da vida”. E finaliza: “Sem memória, não há vida”.

HISTORIADOR DE MÃO CHEIA

Caio, que também é um artesão que fabrica miniaturas do patrimônio material do município, como a Casa da Cultura Walmir Ayalla, a igreja matriz de Nossa Senhora de Nazareth, o Império do Divino e outros bens históricos, e considera que “Preservar o patrimônio material local é um ato de respeito à memória coletiva e um compromisso com as futuras gerações”. E continua, em sua “Introdução”: “Esse patrimônio, composto por construções, monumentos, objetos, ruas e espaços públicos, é testemunho concreto da história de uma comunidade.”

O busto do Marechal Mascarenhas de Moraes

Na Parte I, Caio faz um ensaio sobre a história de Saquarema, desde as primeiras ocupações de seu território, na pré-história – questionando inclusive as primeiras versões da descoberta de Saquarema por Martim Afonso de Souza, em 1531 – até a pequena urbe ser elevada à categoria de freguesia com o nome de Freguesia de Nossa Senhora de Nazareth, em janeiro de 1755, vinculada à Cabo Frio. Na Parte II, Caio explora, como pesquiador, os edifícios e monumentos que são marços materiais e testemunhos vivos da trajetória do município.

São eles: a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazareth de Saquarema; o busto do Dr. Oscar de Macedo Soares, localizado na Praça do Artesanato; a Capela de São Pedro, na Rua 96, em Jaconé; a Casa de Cultura Walmir Ayalla, antiga Câmara e antiga Prefeitura, no centro; a antiga Casa de Caridade Nossa Senhora de Nazareth, hoje Centro Social Madre Maria das Neves, o Sitio Arqueológico Praça Sambaqui da Beirada, em Barra Nova, entre outros marcos que são a herança patrimonial dos cidadãos saquaremenes.

O famoso canhão hoje exposto na Praça Antenor de Oliveira, mais conhecida como Praça do Canhão

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