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ARESA comemora Dia Mundialdo Meio Ambiente em Jaconé

A presidente da ARESA Hilma Monteiro com os alunos e professores da escola Amanda Peña de Azevedo Soares de Maricá em frente ao caminhão que faz a coleta seletiva dos resíduos sólidos em Saquarema periodicamente (Fotos: Divulgação/ARESA)

Com um café da manhã que se estendeu ao longo do dia 5 de junho, a jornalista Hilma Monteiro comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente e os 22 anos da ARESA (Associação de Recolhedores e Selecionadores de Resíduos Sólidos de Saquarema), em sua sede própria, em Jaconé: um galpão com 200 m2 de área construída. Compareceram ao evento diretores do Museu de Conhecimentos Gerais, o biólogo Carlos Alexandre e a professora Hosana de Almeida, sempre parceiros da ARESA, a Irmã Gorete Aves, diretora do tradicional Centro Social Madre Maria das Neves, com um grupo de alunos desta instituiçâo de caridade que é a mais antiga no município.

Hilma trabalhando na prensa que faz os pacotes dos recicláveis que irão prensados para a reciclagem

Também compareceu ao evento promovido pela ARESA a fundadora e diretora da Renascer Obras Sociais, Educacionais e Culturais, Tereszinha Soares com um grupo de alunos, incluindo o grupo “Renascer na Música”, com suas crianças violinistas, a professora Rafaela Paiva e o maestro Gilmar Costa da Silva. Participaram ainda alunos da Escola Muinicipal Ismênia Barros Barroso, acompanhados da coordenadora de atividades Maraisa Gonçalves do Aguiar e do inspetor Paulo Sérgio. E ainda a senhora Vera Terezinha Calado, fundadora da UCEJES (União Cristã Espírita José Luiz do Espírito Santo ), além de vários moradores de Jaconé, Sampaio Correa, Barra Nova, Boqueirão, Vila e Itaúna, que colaboram sempre com a coleta seletiva da ARESA, de quinze em quinze dias ou mensalmente.

CARTAZES PREMIADOS

Os participantes do evento saborearam um belo café da manhã, ouviram os pequenos músicos do Renascer, e puderam aprender um pouco mais sobre a reciclagem, através dos cartazes na parede. A turma da manhã da E.M. Ismênia levou um cartaz bem original sobre o tempo de decomposição de alguns resíduos. A presidente da ARESA, Hilma, achou muito interessante o cartaz e comentou: “ele complementa um outro cartaz que foca nos princípios básicos da reciclagem, elaborado pela própria ARESA e exposto na parede”.

Colaboradores e parceiros de Hilma: o jornalista Edimilson Soares, o engenheiro Pedro, a jornalista Dulce Tupy, a professora Hosana, Vera da UCEJES e Alexandre do Museu de Conhecimentos Gerais

O engenheiro Pedro Lucas, formado na Cefet-RJ e em Ciências Ambientais na UniRio, fundador do Projeto Casa Plástica e inventor de duas mini-máquinas de recicláveis, explicou a importância de reciclar o plástico de polietileno e sua aplicação na construção civil em substuição ao ferro. Os alunos ficaram surpresos ao ver uma das máquinas triturando tampinhas de plástico, que em outra máquina se transformam numa massa plástica, utilizada para a produção de barras tão fortes quanto o concreto armado que levanta paredes para uma casa e outros tipos de produtos (portas, janelas, etc).

Alunos da Escola Municipal Ismênia Barros Barroso

No período da tarde, os alunos da Escola Municipal Amanda Peña de Azevedo Soares, acompanhados da regente de turma Isabel Ferreira dos Santos, exibiram muitos cartazes sobre reciclagem e meio ambiente. Isabel disse que instituiu um prêmio para o melhor cartaz motivando os alunos e pediu a ARESA que escolhesse o melhor. O vendedor foi o cartaz das alunas Suellen e Nataly. Então a ARESA premiou o cartaz com 100 reais e estendeu a premiação aos alunos da E.M. Ismênia, que estavam presentes com a coordenadora de atividades Luana Ketlyn Brito Gonçalves e a inspetora Maria Eduarda.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Ao se dirigir aos presentes, Hilma agradeceu a presença e o apoio de todos e todas ao seu trabalho. Segundo a presidente, a ARESA existe porque as pessoas apoiam o trabalho. “A cada 15 ou 30 dias, é feita a coleta seletiva, quando são recolhidos papéis, papelão, plásticos, resíduos ferrosos, eletrodomésticos e outros. Os resíduos são trazidos para o galpão, separados por tipo, classificação e cor, prensados e depois enviados para empresas, onde seguem a cadeia da reciclagem”, disse Hilma. A presidente destacou ainda a importânca dos prestadores de serviço, pessoas que separam, prensam e limpam os resíduos metálicos, conhecidos como material fino e assim complementam suas rendas familiares.

O engenheiro Pedro Lucas inventor de mini-máquinas de recicláveis explicando a importância de reciclar o plástico

No evento comemorativo do Dia Mundial do Meio Ambiente, não faltou a Educação Ambiental, um dos pontos fortes da atividade da ARESA que participa, sempre que convidada, dando palestras sobre a reciclagem e o cuidado com o meio ambiente onde vivemos. Hilma Monteiro é formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF), tendo participado da gestão comunitária do bairro de Jaconé, de 1989 até 1994, tendo sido presidente da AMA-Jaconé ( Associação de Moradores) e secretária geral da FAMOSA (Federação das Associação de Moradores e Amigos de Saquarema). Como jornalista, editou o jornal da AMA-Jaconé, primeiro jornal comunitário de Saquarema e, mais tarde, o jornal Samaruama, de Saquarema, Araruama e Maricá.

Pedro ao lado da aluna com o cartaz premiado e outros alunos e cartazes

Hoje, reconhecida como ambientalista, por seu trabalho há mais de 20 anos como recicladora, Hilma é muito prestigiada no bairro onde vive há mais de 35 anos. Em Jaconé, um dos bairros que mais cresce em Saquarema, ela é uma referência para todos que separaram seus recicláveis e espontaneamente procuram um contato com a ARESA para fazer a entrega voluntária dos recicláveis. Assim acontece esse trabalho comunitário fabuloso em Saquarema, onde a Prefeitura ainda não promove a coleta seletiva do lixo. Com um perfil consevador, o governo municipal está perdendo a oportunidade de se atualizar, visando a coleta seletiva que Hilma já implantou – praticamente sozinha – há 22 anos em Jaconé.

Alunos do turno da tarde e professores da E. M. Ismênia, em Jaconé

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