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Medalha Tiradentes para a arqueóloga Filomena Crancio

A deputada Franciane Motta concedeu a Medalha Tiradentes para Filomena Crancio (Foto: Divulgação)

A arqueóloga Fiomena Crancio, responsável pelos sambaquis em Saquarema, recebeu a Medalha Tiradentes, a maior honraria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), por sua trajetória profissional em defesa do nosso patrimônio pré-histórico. Aposentada no Museu Nacional, onde trabalhou uma vida inteira, junto com a também arqueóloga Lina Kneip, Filomena recebeu a medalha das mãos da deputada Franciane Motta, que fez a entrega em nome de todos os deputados e deputadas da casa legislativa. Segundo Filomena, a cerimônia foi simples e rápida, como convém nos tempos atuais, em plena pandemia.

“Franciane foi muito amável como sempre e seu staff era muito solícito e gentil”, disse a arqueóloga veterana que foi receber o prêmio junto com o marido William e os primos Regina e Luís Paulo, além da sobrinha Samara, representando o clã dos Crancio. O plenário estava vazio, mas foi um dia memorável, pois Filomena Crancio é considerada uma das maiores arqueólogas da atualidade, por sua experiência e trabalhos realizados, em Saquarema e na Região dos Lagos. Filomena Crancio participou, ao lado de Lina Kneip, da criação e inauguração do museu a céu aberto Sambaqui da Beirada, em Barra Nova, Saquarema-RJ. Foram muitos anos de trabalho até chegar à formulação ideal para preservar o sítio arqueológico, que já recebeu visita de inúmeros arqueólogos, nacionais e estrangeiros, além da população local e das escolas de Saquarema. Filomena atuou também na criação do Museu Tupinambá em Araruama, onde participou de escavações.

CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS

Autora de inúmeros artigos sobre arqueologia, Filomena Crancio participou recentemente do documentário Confederação dos Tamoios: a última batalha, do cineasta Carlos Pronzato, com produção executiva da jornalista Dulce Tupy, que recebeu em dezembro o Prêmio de Direitos Humanos no Jornalismo, concedido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) há 37 anos, com colaboração da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (ARFOC) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS). Instituído em 1984, o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo estimula o trabalho dos jornalistas, fotógrafos e documentaristas na denúncia de violações, nas sociedades da América do Sul, marcadas por uma enorme desigualdade entre as pessoas e ação deficitária do Estado.

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