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Roteiro turístico de Rio Bonito inclui o Quilombo de Bacaxá que existiu em Saquarema

Uma caravana de técnicos e visitantes fez a “Rota dos Quilombolas” como vem sendo chamado o roteiro promovido pela Secretaria Municipal de Turismo de Rio Bonito, de onde se avista a Serra do Amar e Querer, onde existiu o Quilombo de Bacaxá, em Saquarema (Fotos: Dulce Tupy)
Uma caravana de técnicos e visitantes fez a “Rota dos Quilombolas” como vem sendo chamado o roteiro promovido pela Secretaria Municipal de Turismo de Rio Bonito, de onde se avista a Serra do Amar e Querer, onde existiu o Quilombo de Bacaxá, em Saquarema (Fotos: Dulce Tupy)

A Prefeitura de Rio Bonito, através da sua Secretaria de Turismo, vem promovendo uma série de roteiros turísticos sobre a história do município, passando pelas velhas fazendas e pontos históricos. Recentemente, o passeio foi a Tomascar, uma localidade na divisa com o município de Tanguá e próximo a Saquarema, passando pela Rota dos Quilombolas, um roteiro que valoriza a história e a cultura dos povos afrodescendentes, que contribuíram com o desenvolvimento da cidade. Logo de início foi feita uma parada obrigatória na Água Mineral Cascatazul, de onde se pode avistar o alto da Serra do Amar e Querer, onde existiu o Quilombo de Bacaxá, extinto em 1730. Do alto, pode-se ver as serras onde se escondiam antigos quilombos e o Pico do Catimbau, que quer dizer “feitiçaria rápida”. No caminho, uma visita às ruínas da fazenda de José Martins da Fonseca Portella, morto pelo negro Manoel Samburá, linchado em Boa Esperança pelos fazendeiros locais, como castigo.

O pico do Catimbau Pequeno, em Rio Bonito, visto da Fazenda dos Portella. “Catimbau” quer dizer feitiçaria rápida, onde os quilombolas praticavam a religião dos seus ancestrais
O pico do Catimbau Pequeno, em Rio Bonito, visto da Fazenda dos Portella. “Catimbau” quer dizer feitiçaria rápida, onde os quilombolas praticavam a religião dos seus ancestrais

História e turismo
O evento contou com turistas de Nova Iguaçu, Belford Roxo, Itaboraí, Nova Friburgo e Saquarema, entre eles a superintendente de Igualdade Racial da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Mara Ribeiro, que veio pessoalmente verificar vestígios dos quilombos. Também presentes, a jornalista Dulce Tupy, editora do jornal O Saquá, primeira a publicar matéria sobre o Quilombo de Bacaxá, a historiadora Janaína, da TV Lual, de Friburgo e dois membros do Instituto Histórico e Geográfico de Itaboraí, João Vieira e David Antunes, que ficaram encantados com a “Rota dos Quilombolas”, nome sugerido pelo pesquisador Dawson Nascimento, assessor da Secretaria de Turismo de Rio Bonito e guia do roteiro. Também participaram representantes de famílias tradicionais de riobonitenses como Edgar Egger e Fábio Andrade, a secretária municipal de Promoção Social de Rio Bonito, Rosemary Cerqueira, o capitão Wiliam e Adílson da Defesa Civil, o diretor do Departamento de Trânsito, Alédio, Seu Simião de Oliveira, poeta de Boa Esperança, e o empresário Paulo Cavalcante, da Fábrica de Bugres de Rio Bonito, entre outros.

Reprodução
Segundo o secretário municipal de Turismo, Newtom Almeida, que promoveu o passeio, “o roteiro possibilita conhecer a história de Rio Bonito e, ao mesmo tempo, desfrutar das belas paisagens”. Já o presidente da Câmara Municipal, Reginaldo Dutra, ficou surpreso com o passeio “pois tive a oportunidade de conhecer pontos turísticos, como as ruínas da fazenda dos Portella, e a empresa de Água Mineral Cascatazul, que emprega 70 pessoas do município e está ampliando suas atividades com a produção de água mineral com gás”. A culminância do roteiro foi um almoço rústico em Tomascar, com comida de fogão à lenha. O restaurante fica ao lado de um rio com cachoeira onde as famílias se banham. E, bem próximo, ainda tem ainda um velho engenho de farinha desativado, que abriu as portas para visitação. Informações: turismo@riobonito.rj.gov.br.

 

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