Renato dos Santos: Enfermagem

Sinusite: doença de inverno

Por: Dra. Denise Santos

Todos nós sabemos: quando começa o inverno, começa a coriza. Quando cai a temperatura, casos de sinusite começam a triplicar. Os principais vilões são os vírus e bactérias que causam gripes e resfriados. Especialistas alertam: é preciso tratar o problema para que ele não se torne crônico. A sinusite é uma inflamação aguda ou crônica dos seios da face, sobretudo da mucosa e dos fluidos das cavidades sinusais, podendo eventualmente se estender aos ossos da região. A sinusite ocorre como complicação de 1 em cada 8 episódios de infecções de vias aéreas superiores de adultos e de cerca de 2% das gripes e resfriados das crianças. A doença também pode ocorrer devido à renite alérgica, pólipos nasais, inflamação da face e comprometimento do sistema mucociliar que fica na região da face. A mucosa tem cílios que desempenham o papel de varrer as secreções. Quando há infecções, as secreções da região se tornam mais viscosas e, com os cílios se movimentando menos, ficam acumuladas.

Os principais sintomas são a coriza e a obstrução nasal. Em alguns casos, há também relatos de dores de cabeça, que podem se irradiar para região da nuca. Esses sintomas são mais comuns na sinusite viral, características de gripes e resfriados. A sinusite viral é de curta duração e desaparece sozinha. Mas se a pessoa não se cuidar, pode evoluir para uma sinusite aguda e se não for bem tratada pode se tornar crônica. Temos também a crise de sinusite causada por fungos, que atinge principalmente pessoas imunodeprimidas, como diabéticos e portadores de HIV; neste caso a atenção tem de ser redobrada, pois a doença pode ter uma evolução rápida e surgirem complicações mais graves.

No inverno, a pessoa tem de manter uma boa hidratação, bebendo de 2 a 3 litros de água por dia. E evitar poeiras, livrando-se de bichinhos de pelúcia, tapetes e almofadas. Portanto, vire o colchão de lado a cada 7 dias; lave as cortinas e roupas de camas neste período constantemente. Evite usar o ar condicionado; se não puder, mantenha os aparelhos de ar condicionado sempre limpos. Em casa, procure manter as janelas abertas, para que o ar seja sempre renovado. Em caso de necessidade, procure um hospital, posto de saúde ou um profissional médico para tratamento. Cuide de sua saúde, da saúde da sua família e da saúde da sua comunidade; oriente as pessoas, esclareça e divulgue esta matéria no quadro de avisos das escolas, nas empresas e na sua residência. Ainda é melhor prevenir do que remediar.

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