Bruno Pinheiro: Ética na Política

A honra e a hora do voto

Ética na Política - Bruno Pinheiro

Meus irmãos saquaremenses, minha gente; já respiramos ares pré-eleitorais; notícias sobre políticos e política são comentadas por todo mundo em todos os lugares.

Com efeito, a notícia que mais tem chamado atenção é a aprovação da chamada Lei da “ficha limpa” (resumidamente, é a Lei que deixa a pessoa inelegível por 8 anos para se candidatar a qualquer cargo eletivo se não estiver respondendo processo, em certos casos, na justiça). Apesar da referida Lei, ainda há necessidade de observar com muita cautela a vida da pessoa que vem pedir seu voto.

Nessa época, o candidato tenta convencer de todas as formas que é o melhor dentre os demais, e por isso, merecedor do seu voto. Cuidado! Muitos dos que pedem o seu voto são candidatos daqui do nosso município e candidatos “forasteiros” ou até mesmo “foragidos” de outros municípios. Cuidado! Se um cego guiar outro cego, ambos cairão no abismo! Por isso, devemos separar o joio do trigo, pois, pode ser que alguns políticos estejam omitindo suas verdadeiras “fichas”, porque o “ficha limpa” de hoje pode ter sido o “ficha suja” de ontem. Muito Cuidado! Existem pessoas que por ganância ao poder fazem de tudo, não medem esforços, abandonam e esquecem até mesmo os princípios Divinos. Alguns estão tão “sujos” que não têm fichas, mas sim folha penal, onde estão contidas anotações de inquéritos policiais e ações criminais de natureza tão hedionda que podem ser julgados pelo Tribunal do Júri Popular. Haja cuidado! Você votaria num “bicho solto”? Votaria em alguém que estivesse respondendo ou respondido por algum crime grave como tráfico de drogas, exploração sexual de crianças ou homicídio? Vocês votariam? Tenho certeza que NÃO votariam.

Lembro-me a história de um governante muito mau, o rei chamado Acabe, que apesar de sua posição privilegiada, nunca estava satisfeito com o que tinha. Sendo assim, plantava o mal e cometia até mesmo crimes na busca cega e gananciosa por mais poder e riqueza; contrariou até mesmo o sábio conselho do profeta Micaías, que lhe dizia: pare com essas atitudes que só beneficiam a si próprio, porque um dia o povo pode se revoltar e destruir o seu reino. No final da história, acabou colhendo o que havia plantado através da revolta do povo, que destruiu de vez com o seu reinado, conforme tinha sido profetizado por Micaías. No ponto, não somos profetas e nem mesmo capazes de julgar ninguém pelos seus crimes, pois, ao Poder Judiciário foi dada tal competência. Contudo, temos o direito legal de “JULGAR” e decidir com o nosso VOTO aquelas atitudes desregradas dos maus políticos; daí a necessidade de verificar sempre, minuciosamente, a vida passada dos candidatos, para dar nossa “sentença” em forma de voto, escolhendo o candidato certo e digno para nos representar na seara política.

Sendo assim, sempre diga NÃO aos “pinóquios”. Basta de mentiras e mentirosos. Chega de políticos gananciosos de falsos testemunhos, que na busca desvairada pelo poder sujaram ou sujam a sua ficha moral com o povo.

Por isso, minha gente, na hora do voto, lembre-se sempre de dar valor e prefiram os candidatos de história de vida conhecida por boas referências, ficha limpa de verdade; aos indicados por homens de caráter; quem sabe a uma nova “prata da casa” que tenha bondade, temperança, paz e amor no coração, respeite o próximo e todas as Leis, inclusive, a Divina! Porque assim, teremos uma sociedade sempre feliz, com melhores condições de trabalho e vida, por um Brasil justo e uma Saquarema melhor.

Reflitam na hora do voto.
Fiquem com DEUS.
Um grande abraço,
Bruno Pinheiro.

Capa O Saquá 122

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Artigo publicado na edição de julho
de 2010 do jornal O Saquá (edição 122)

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