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Meus poemas mais amados

A poeta Beatriz Dutra, presidente da Academia de Letras Rio-Cidade Maravilhosa (Fotos: Dulce Tupy)

O novo livro da poeta e cronista do jornal O Saquá, de Saquarema, e jornal de literatura Sem Fronteiras, Beatriz Dutra, traz novidades no capítulo “Poemas Esparsos”, mas seu âmago é constituído de poemas selecionados em suas 3 publicações anteriores: os livros “Mônadas”, “Simplicidade” e “Suavidade”. Com apresentação de Marina Gutman Tosta Paranhos e prefácio de Dalma Nascimento, o livro “Meus poemas mais amados” vem com uma citação e um poema dedicado à escritora e primeira presidente da Academia Brasileira de Letras Nélida Piñon, que em 2015 escreveu para ela: “Beatriz, querida, você é poeta do verbo e da alma”. Também a professora de literatura Bella Josef, da UFRJ, escreveu para Beatriz: “Na delicadeza do dizer, a busca do verdadeiro e do pleno (…) um canto à beleza e à vida”.

Assim é a carioca Beatriz, presidente da Academia de Letras Rio-Cidade Maravilhosa, cidadã-saquaremense, dona de uma bela casa na praia de Barra Nova, que frequenta ao menos uma vez por ano, no verão… Admirando o vigoroso mar, de sua varanda, Beatriz vislumbra o magnífico pôr do sol, se emociona com o canto dos pássaros, com as flores no jardim e o sirizinho que vem da praia e se torna um “Inesperado hóspede” no jardim, um belo poema premiado em um concurso público em Saquarema. Advogada, ex-auditora fiscal da Receita Federal, professora universitária, com mestrado e doutorado em Direito Privado, Beatriz ganhou o “Prêmio Mario Quintana de Poesia – 2009”, da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ).

Por seu poema “Certas Incertezas”, foi eleita “Autore dell’Anno 1999”, foi eleita “Autore dell’Anno 1999”, pela “Comissione di Letttura Internazionalle della Edizioni Universum di Trento”, Itália. Em 2012, recebeu em Paris, a “Medaille D’Or”, da Academie de Mérite et Devouement Français”, com as altas insígnias da Divine Academie des Arts Lettres et Culture. Recebeu ainda a medalha “Destaque 2013”, do “Real Gabinete Português Internacional” e foi agraciada com o “Prêmio Clarice Lispector de Leitura e Interpretação” da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), tendo ainda seus poemas publicados no Brasil, Argentina, Colômbia, Portugal, Itália, França e Holanda. Eis alguma poesai de Beatriz Dutra.

O novo livro de Beatriz Dutra traz uma seleção de poemas de seus 3 livros anteriores: Mônadas (2002), Simplicidade (2007) e Suavidade (2014)

FASCÍNIO

Adormecer
sob a constelação do Cruzeiro do Sul
e despertar
sob a cintilação da estrela Dalvaz,
embalada
pelo murmúrio do mar,
pela aragem do mar,
e pela prata do luar…
Fascínio
de verões
vividos
em Saquarema

(do livro “Suavidade”, 2014)

SIMPLICIDADE

Em meio
à agitação
da vida moderna,
querer tão pouco,
quase nada,
e ao mesmo tempo,
tanto:
poder permanecer
ainda que brevemente
na rede da varanda,
para de lá contemplar
a serena dissipação
das nuvens,
e o voo perfilado
e deslizante das aves,
em direção do horizonte!

(do livro “Simplicidade”, 2007)

 

Mulheres Extraordinárias, a coletânea da AJEB

A poeta e escritora Rosa Meleu, uma das autoras do “Mulheres Extraordinárias”

Acaba de ser lançado o livro “Mulheres Extraoridnárias – O resgate histórico do legado, pela palavra escrita”, editado pela AJEB, Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil. Organizado pela presidente, escritora e jornalista Dyandreia Valverde Portugal, que edita o jornal Sem Fronteiras, a coletânea chega em boa hora, quando mais que nunca é preciso resgatar o papel da mulher na sociedade, neste momento em que vem se questionanso se a questão de gênero deve ou não ser considerada.

É claro que sim! E uma prova disso é a maravilhosa coletânea “Mulheres Extraordinárias”, que trás a vida e obras de mulheres notáveis como as poetisas Cora Coralina e Cecília Meirelles, a socióloga Rose Marie Muraro, a professora, jornalista e pioneira do feminismo, professora Nísia Floresta, a enfermeira Ana Néri, a escritora Rachel de Queiroz, nossa primeira acadêmica, as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral, a sanitarista Berta Lutz, a compositora Dona Ivone Lara, a jornalista, poeta e política Pagu, a atriz Elke Maravilha, a psicanalista Nise da Silveira, a dançarina Bárbara Eliodora, a tenista Maria Esther Bueno, a guerreira Maria Quitéria, a negra e libertária Chica da Silva, as escritoras Zélia Gattai e Clarice Lispector, a dançarina e naturista Luz del Fuego, a cantora Clementina de Jesus, a nadadora Maria Lenk, a cantora e atriz, Carmen Miranda e Zilda Arns, entre outras.

Um livro feminino e – por que não dizer? – feminista também, publicado pela Associação de Jornalitas e Escritoras do Brasil

Os textos escritos em sua maioria pelas associadas da AJEB no Rio de Janeiro, mas também de outros estados, além das escritoras convidadas, são de excelente qualidade e pesquisa. Mas um, especialmente, me chamou a atenção por ser da escritora e amiga Rosa Meleu, que me doou o livro de 500 páginas. Carioca, advogada, professora de Direito, titular e fundadora da Academia de Letras Rio-Cidade Maravilhosa, inúmeras vezes premiada, no Brasil e na França, Rosa escolheu a Nair de Teffé, a primeira caricaturista do Brasil que se assinava Rian (o nome Nair ao contrário). Casada com o presidente da República Hermes da Fonseca, introduziu o violão e a música popular no salão do Palácio Presidencial, gerando um verdadeiro escândalo na época. Rosa conta essa e outras passagens da vida de Nair/Rian com leveza e uma fina ironia.

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