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Rio moderno da Década de 20 (1920)

Cultura é Notícia - Beatriz Dutra

Ah! Que delícia!… Pegar o jornal para ler e encontrar duas páginas inteiras de matéria leve, bonita, interessante e muito… muito agradável! Foi escrita pelo jornalista Bolivar Torres, em “O Globo”, de 22/11/2019, e trata do Rio de Janeiro na década de 1920, que ressurge iluminado e encantador no livro “METRÓPOLE À BEIRA-MAR”, de Ruy Castro. Ruy nos mostra que, para os cariocas daquele tempo, “o modernismo não era um movimento, mas um estilo de vida.”

“Entre a selvageria do “carnaval da gripe espanhola”, em 1919, que abre o livro, e os cavalos invadindo as ruas na Revolução de 1930, que o encerra, desfilam nomes como Villa-Lobos, J.Carlos, Pixinguinha, Manuel Bandeira e Carmem Miranda” – informa-nos Bolivar Torres.

Em 1922, ano do “Centenário da Independência do Brasil”, ocorreu a famosa “Exposição do Centenário” – “montada no espaço onde, até o início daquele ano, ficava o Morro do Castelo. Lotado durante seus dez meses de duração, o evento apresentou “as últimas” da tecnologia e ciência para cariocas ávidos de novidades.”

Em “METRÓPOLE À BEIRA-MAR”, que está chegando às livrarias, Ruy Castro busca justamente captar “o espírito daquele Rio avant-garde dos anos 1920, com seus artistas, escritores, imprensa, moda, vida social e urbana (…) Uma modernidade que impressiona por seus traços com ecos da art déco e art nouveau… Uma cidade que não dormia, na época com cerca de 1,1 milhão de habitantes e mais lâmpadas elétricas do que Paris… A então capital federal, onde o samba amadurecia, havia assassinado a noite, como observara Albert Einstein ao visitá-la”… Mas Ruy Castro ressalta: – “Ninguém chamava isso de modernismo. O modernismo aqui era no dia-a-dia, as pessoas o viviam. O Rio estava habituado a ser a ser assim. Ninguém precisava dizer “eu sou moderno” porque aquilo não era uma ação entre amigos. Era a cidade.”

“Essa é a tese central do livro. Biógrafo de Nelson Rodrigues, Garrincha, Carmen Miranda e da Bossa Nova, o autor (Ruy Castro) revela agora uma cidade onde a revolução estética não estava em um manifesto, mas sim na respiração das ruas e no estilo de vida.” (Bolivar Torres).

Está aí um livro para ser saboreado. Um livro que ainda não li mas já o amei…: “METRÓPOLE À BEIRA-MAR – O RIO MODERNO DOS ANOS 20”, de RUY CASTRO.

Ps. Parabéns ao autor e a SILVIA SOUZA, pela competente participação como pesquisadora, no citado livro de Ruy Castro.

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