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Mais um capítulo no caso do Porto na Praia de Jaconé

Bromélia-Guzmania, típica do local (Foto: Divulgação Facebook)

O projeto de construção do Porto de Jaconé, tem uma forte aliada: a prefeitura de Maricá, um município que tem até um secretário municipal da Indústria Portuária (indústria esta que ainda nem existe). O projeto da DTA Engenharia é um sonho de um empresário, João Acácio Neto, que acaba de reduzir o tamanho do seu pretendido empreendimento, para se adaptar às exigências do Ministério Público, que mantém sua posição de defesa do meio ambiente, contra a construção do porto.

Aliado dos movimentos sociais locais e pesquisadores de universidades, o promotor Marcus Leal, do MP-RJ, tem sido um duro crítico à empreitada. Segundo matéria do próprio MP-RJ, uma das defesas da não instalação do porto é o prisma geológico. O local teria sido descrito pelo naturalista britânico Charles Darwin que retratou em seus arquivos, durante sua passagem por Maricá no século 19, a importância das beach rocks, rochas raras existentes no litoral brasileiro e de imensa importância histórica.

Mas os fundamentos do promotor Marcus Leal para que o porto ancore em outra freguesia vão além das beach rocks: Jaconé teria um perfil mais para atividades de ecoturismo, pela beleza do lugar e pela biodiversidade. Para Leal, o empreendimento não combina portanto com a vocação do local, o que não é o caso da capital, Rio de Janeiro, como também de Niterói e São Gonçalo, que já têm infraestruturas portuárias instaladas. E a um custo muito mais barato. Vamos aguardar os próximos capítulos.

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