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Pesca predatória no mar

Sem fiscalização, traineiras se aproximam da orla para pegar a tainha, que está em época de defeso, numa área proibida para pesca em grande escala (Foto: Edimilson Soares)
Sem fiscalização, traineiras se aproximam da orla para pegar a tainha, que está em época de defeso, numa área proibida para pesca em grande escala (Foto: Edimilson Soares)

Traineiras permaneceram por vários dias em atividade irregular de pesca no mar de Saquarema, causando indignação e mobilização da população, que denunciou o crime ambiental aos órgãos competentes, já que a tainha, espécie de peixe cobiçada pelos barcos, está em período de defeso. A situação foi agravada pela proximidade dos barcos à orla, bem rente à faixa de areia, o que chamou ainda mais a atenção de quem passa constantemente pelas praias. Nas redes sociais foram várias postagens com fotos e comentários de aversão ao que estava acontecendo, muitas imagens chocantes como a do golfinho morto em Jaconé porque ficou preso à rede desses pescadores irresponsáveis.

O vereador Matheus da Colônia, representante dos pescadores de Saquarema, usou o plenário da Câmara para denunciar o abuso da pesca irregular. A jornalista Dulce Tupy, ex-editora do jornal O Saquá (atualmente licenciada da editoria do jornal) e ex-editora do jornal Voz das Águas, especializado em recursos hídricos e meio ambiente, fez uma denúncia no dia 2 de julho, através do serviço Linha-Verde, do Ibama, com fotos do repórter fotográfico Edimilson Soares. A Capitania dos Portos em Cabo Frio, que orienta, instrui e fiscaliza a navegação, foi acionada e prestou depoimento na praia de Jaconé, junto com moradores e ambientalistas locais, para a Inter TV.

Muitas denúncias

Todas as ações somadas repercutiram e colaboraram para a conscientização dos danos ao meio ambiente e à segurança dos banhistas. A navegação dentro das normas marítimas nas praias de Saquarema deve ser prioridade para o bem-estar de todo ecossistema. Agência da Capitania dos Portos em Cabo Frio recebe denúncias nos telefones: (22) 2645-5056, 2645-5074 e 2643-2774. E o e-mail da Linha-Verde do Ibama, para denúncias, é: linhaverde.sede@ibama.gov.br. Leia a íntegra do e-mail do IBAMA, datado dia 4 de julho, em resposta à de­núncia efetuada pela jornalista Dulce Tupy, no box ao lado.

Resposta do IBAMA

Prezado (a) Senhor (a),

Ao cumprimentá-lo (a), informamos que a manifestação em questão já foi cadastrada no Sistema Linha Verde de Ouvidoria – SISLIV, onde gerou o protocolo nº 7499/2016 e será encaminhada à Superintendência do IBAMA no Rio de Janeiro para conhecimento, análise e providências julgadas cabíveis.
Para verificar o andamento e acompanhamento de sua ocorrência basta entrar em contato com a Central de Atendimento Linha Verde, através de ligação gratuita para o número 0800-618080 ou enviar nova mensagem utilizando o Formulário do Fale Conosco do site do IBAMA, http://www.ibama.gov.br/cadastro-ocorrencias. Lembramos que é importante mencionar o número do protocolo informado acima, para que nossa equipe possa localizar a sua ocorrência.
Caso deseje entrar em contato diretamente com a unidade do Ibama, acesse o site http://www.ibama.gov.br/acesso-a-informacao/unidade-ibama-rj
É importante esclarecer que, após o encaminhamento da ocorrência para atendimento, a unidade terá um prazo de até trinta dias para se manifestar. Após esse período se a unidade não tiver se manifestado, será reiterada.

Atenciosamente,
Linha Verde/ Coordenação da Ouvidoria/ Auditoria Ibama/ Brasília/DF

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