Dulce Tupy

Mulheres mais poderosas do mundo fazem a diferença

Editorial - Dulce Tupy

A Revista Forbes publicou sua lista das mulheres mais poderosas do mundo e, em 1° lugar ficou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em 2° a secretária das relações exteriores, Hilary Clinton e em 3° a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. Para a elaboração do ranking, selecionou 200 mulheres e indicou as 100 mais influentes. A presidente da Petrobras, Graça Foster, ficou em vigésimo lugar. Logo em seguida, a notável no mundo dos negócios, Marissa Mayer, marca a lista de mulheres poderosas ao assumir a presidência da imponente empresa Yahoo, estando aos seis meses de gravidez. É um momento especial na trajetória da mulher que está alcançando níveis de poder nunca atingidos anteriormente; espaços geralmente destinados aos homens que sempre dominaram a cena política.

É uma mudança substancial. No caso do Brasil, por exemplo, decisões tomadas pela presidenta Dilma têm surpreendido, como recentemente a divulgação das metas na área da educação para os próximos anos. Até 2014, serão construídas 6 mil escolas de educação infantil. Dilma também assinou com várias prefeituras acordo para construção de 1.500 creches em todo o país. Somente uma presidenta – e não um presidente – teria o empenho de um benefício tão importante como esse para as mulheres do país.

Segundo o ministro da educação, Aloizio Mercadante, o governo federal defende ainda a aplicação de todos os recursos provenientes dos royalties do petróleo e do pré-sal em educação. A meta é investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, conforme foi preconizado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, até 2022. Os recursos dos royalties – valor cobrado das empresas que exploram o petróleo – levariam a alcançar as metas estipuladas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado no fim de junho na Câmara, mas que ainda depende de aprovação do Senado.

Tendo uma de suas raízes políticas no PDT, o partido do Brizola, que projetou o CIEP como solução educacional, a partir do Programa de Educação Integral criado por Darcy Ribeiro e projetado na arquitetura por Oscar Niemeyer, Dilma conhece a fundo a carência da educação a nível nacional. A precariedade da nossa educação é assustadora, tendo em vista que vivemos em plena era do conhecimento, no século da informação. Nosso atraso educacional tem a ver com a degradação do ensino público no Brasil, nas últimas décadas. Mas não basta falar; é preciso atitudes concretas, como as tomadas pela presidenta Dilma. Difícil acreditar que isto não tenha nada a ver com sua condição de mulher, sabedora das dificuldades de criar filhos e trabalhar, sem uma escola integral, que garante a qualidade de ensino e ao mesmo tempo esporte, saúde e lazer, como foi estabelecido no Programa dos CIEPs.

Na edição passada, comemoramos o aniversário de 12 anos do jornal O Saquá, mas alguns colaboradores que passaram pelas nossas páginas e construíram a nossa história não foram citados. Para corrigir esta falha aqui seguem nossos agradecimentos ao empresário Cícero, ao deputado Paulo Melo, ao ex-prefeito Peres, ao nosso advogado Dr. Francisco (Chico Peres), ao poeta João Galvíncio, ao arquivista Paulo, aos colunistas José Luiz, Dr. Louzada, Dr. Basílio, à amiga Luiza e tantos outros e outras que ainda teremos oportunidade de citar.

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